sexta-feira, novembro 22

Homenagem Histórica à Luta das Mulheres: Audiência Pública Discute Marcha das Margaridas e Violência de Gênero em Pernambuco

Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia reúne líderes políticos e movimentos populares para debater avanços e desafios na luta contra a violência de gênero no estado.

Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Alepe
Foto: Reprodução
No marco dos 17 anos de promulgação da Lei Maria da Penha, a deputada Delegada Gleide Ângelo, à frente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Pernambuco, conduziu uma significativa audiência pública intitulada “A importância da Marcha das Margaridas para o enfrentamento à violência de gênero em Pernambuco”. O evento, realizado em homenagem à notável Marcha das Margaridas, o maior movimento feminino da América Latina, reuniu figuras políticas e representantes de movimentos populares para discutir desafios e avanços no combate à violência de gênero e na busca por igualdade.
A audiência contou com a presença de destacados líderes políticos, incluindo a senadora Teresa Leitão (PT), o deputado federal Pedro Campos (PSB), os estaduais José Patriota (PSB) e Doriel Barros (PT), além das deputadas Dani Portela (PSOL) e Rosa Amorim (PT), todos membros da Comissão da Mulher. Também marcou presença Judite Botafogo, prefeita de Lagoa do Carro e secretária da Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE).
Representantes de importantes movimentos populares também se fizeram presentes, enriquecendo o diálogo sobre a luta das mulheres. Adriana Nascimento, da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras de Pernambuco (Fetape), Maria Oliveira, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/PE), Carol Braga, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/PE), e Jorgiane Araujo, da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PE), representaram os movimentos que integram a organização da Marcha das Margaridas no estado.
Entretanto, a ausência notável foi a do governo estadual. Embora três pastas governamentais tenham sido convidadas – Secretarias da Mulher, do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha e de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca – nenhuma delas enviou um representante. Essa ausência foi fortemente lamentada pelos presentes, destacando o caráter coletivo e transversal da audiência, que marcou a celebração dos quase vinte anos da Lei Maria da Penha e o vigésimo aniversário da Marcha das Margaridas.
Durante o evento, foram discutidas questões urgentes relacionadas à conscientização e à busca por espaços públicos e políticos que permitam uma representação genuína e discussões sobre questões relevantes para as mulheres. A deputada Delegada Gleide Ângelo enfatizou a importância de momentos como esse para a promoção da união e da escuta, fundamentais para alcançar um mundo mais justo e igualitário. A alusão à famosa frase de Margarida Alves, “Não podemos morrer de fome, literal ou simbolicamente”, ressaltou a urgência da mudança.
A audiência pública trouxe à tona não apenas a celebração das conquistas passadas, mas também a determinação em continuar a luta pela igualdade de gênero e o combate à violência que aflige as mulheres em Pernambuco. O encontro reforçou a necessidade de colaboração contínua entre líderes políticos e movimentos sociais para construir um futuro mais igualitário e seguro para todas as mulheres do estado.

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