domingo, dezembro 22

João Campos avalia cessão de servidores sem gerar polêmica

João Campos reforça que cessão de servidores é prática comum na gestão pública brasileira.

Governadora Raquel Lyra do PSDB em encontro com o prefeito do Recife João Campos do PSB. Foto - Hesíodo Góes
Governadora Raquel Lyra do PSDB em encontro com o prefeito do Recife João Campos do PSB. Foto – Hesíodo Góes

Com menos de 15 dias para o fim de seu primeiro mandato, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), abordou ontem (16) a situação dos servidores estaduais cedidos à prefeitura. Em evento de confraternização do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), Campos afirmou que a questão não representa um problema político no país.

“Isso não é pauta política em nenhum dos 27 estados brasileiros”, destacou o gestor. A declaração foi uma resposta a especulações sobre o possível retorno dos servidores ao Estado, caso a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), decida convocá-los.

Impacto na equipe do segundo mandato

Se confirmada a medida, a prefeitura do Recife perderá profissionais que integram o primeiro escalão e desempenham papéis-chave na atual gestão. Contudo, Campos assegurou que isso não será um obstáculo. Segundo ele, a política exige espírito público e compromisso elevado de quem ocupa cargos eletivos.

“Não acredito que essa equipe deixará de contar com um ou outro nome devido ao vínculo com o Estado. A missão de cada eleito exige altivez pública”, afirmou o prefeito.

Montagem do novo secretariado

O segundo mandato de João Campos está em processo de formação da equipe de governo. O prefeito mencionou que é comum enviar ofícios solicitando a cessão de servidores a outros órgãos ao final da montagem da equipe. Entretanto, ele não detalhou se já encaminhou tal pedido ao Governo de Pernambuco.

No evento, o gestor aproveitou para observar que o serviço público é, para muitos profissionais, uma missão de vida. Ele exemplificou que diversos secretários estaduais têm vínculos com outros órgãos, como instituições federais e municipais.

Comparação com o governo estadual

Campos sublinhou que, de fato, a cessão de servidores é uma prática rotineira, tanto em nível estadual quanto federal. Por exemplo, ele mencionou que “hoje, 12 secretários e presidentes de órgãos estaduais são servidores de diversas instituições”. Assim, para o prefeito, a questão não se configura como um desafio, mas, pelo contrário, como parte natural da gestão pública.

Além disso, o prefeito demonstrou confiança na capacidade de sua equipe de manter o padrão de atuação, mesmo diante de possíveis mudanças. Essa segurança, portanto, reflete seu alinhamento com a ideia de que o serviço público transcende vínculos institucionais e, sobretudo, se baseia em valores como compromisso e dedicação.

Continuidade e desafios

A poucos dias de encerrar o primeiro mandato, João Campos adota um tom otimista. Ele acredita que a estrutura de sua gestão permanecerá sólida, independentemente das decisões da governadora Raquel Lyra sobre os servidores cedidos.

O tema, que poderia gerar impasses, foi tratado com naturalidade pelo prefeito. Campos reforçou que o espírito público é o norte para os desafios que surgem na administração pública.

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