sexta-feira, maio 16

Vitória é processada por não pagar piso salarial dos professores

MPPE ajuíza ação contra Prefeitura de Vitória por descumprir a Lei do Piso Salarial dos professores temporários.

MPPE processa Prefeitura de Vitória de Santo Antão por Piso Salarial. Foto - Divulgação
MPPE processa Prefeitura de Vitória de Santo Antão por Piso Salarial. Foto – Divulgação

O Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE) ajuizou uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Vitória de Santo Antão. Exigindo que o prefeito Paulo Roberto (MDB) cumpra a Lei Federal nº 11.738/08, que estabelece o piso salarial nacional para os professores da rede pública de ensino. A 4ª Promotoria de Justiça Cível da cidade propôs a ação e solicitou uma medida liminar para garantir a imediata correção da situação.

Descumprimento da Lei Federal

A principal argumentação do MPPE é que a Prefeitura de Vitória de Santo Antão está violando a legislação ao não pagar o piso salarial nacional aos professores temporários da rede municipal de ensino. A Lei nº 11.738/08 determina que todos os profissionais da educação básica. Independentemente de serem efetivos ou contratados temporariamente, recebam o mesmo valor estipulado como piso salarial. No entanto, segundo o Ministério Público, os professores temporários estão recebendo um valor abaixo do estipulado pela legislação.

Atualmente, os professores temporários da rede municipal de ensino recebem R$ 2.068,92, enquanto o piso salarial nacional para a categoria é de R$ 3.854,34. O MPPE argumenta que essa diferença configura uma discriminação ilegal, uma vez que os profissionais desempenham as mesmas funções que os professores efetivos.

A Representação e a Ação

O ex-vereador André Carvalho apresentou uma representação formal ao MPPE, que iniciou a ação. Em sua denúncia, Carvalho solicitou ao Ministério Público que tomasse providências diante da possível irregularidade no cumprimento da lei. Que, segundo ele, prejudica os professores temporários. O político também destacou o impacto negativo dessa prática para os profissionais da educação, que, além de enfrentarem contratos temporários, não têm garantidos os mesmos direitos que seus colegas efetivos.

Parecer Técnico

A 4ª Promotoria de Justiça Cível de Vitória de Santo Antão contou ainda com um parecer técnico do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Educação. Que confirmou o descumprimento da norma legal por parte do município. O documento aponta que a discriminação salarial viola a constituição e fere os direitos trabalhistas dos professores temporários, que devem ser tratados de forma igualitária aos professores efetivos.

O Andamento do Caso

Atualmente, o caso tramita na 1ª Vara Cível da Comarca de Vitória de Santo Antão. O Ministério Público aguarda a decisão sobre o pedido de medida liminar. Que visa garantir o cumprimento imediato do piso salarial para todos os professores da rede municipal de ensino.

O Impacto da Ação

A Ação Civil Pública do MPPE pode ter implicações importantes para os profissionais da educação em Vitória de Santo Antão, além de servir como um marco para outros municípios que ainda não estão cumprindo a legislação do piso salarial. A medida busca assegurar direitos fundamentais dos trabalhadores da educação, que têm papel crucial na formação dos cidadãos e no desenvolvimento da sociedade.

A Ação Civil Pública ajuizada pelo MPPE é um passo importante na defesa dos direitos dos professores temporários de Vitória de Santo Antão. A expectativa é de que a justiça determine a correção imediata da distorção salarial, garantindo que todos os profissionais da educação recebam o valor estabelecido pelo piso nacional, conforme estipulado pela Lei nº 11.738/08.

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