sábado, setembro 7

Tensão e Riscos: Repórter Enfrenta Ameaça de Policial Armado Durante Cobertura de Letalidade Policial em Comunidade

Repórter se identificou e tentou iniciar uma conversa com os policiais: “Eu sou jornalista.

Danielle Zampollo
Foto: Reprodução

O episódio do programa “Profissão Repórter” na última terça feira (15) abordou o tema da letalidade policial, focando em um incidente ocorrido na comunidade Prainha, localizada em Guarujá. A repórter Danielle Zampollo foi até essa comunidade para investigar as informações relacionadas às mortes ocorridas durante a Operação Escudo, na qual 16 indivíduos perderam a vida – 12 em Guarujá e 4 em Santos.
Na comunidade, durante a reportagem, um momento tenso aconteceu quando um policial apontou um fuzil em direção à jornalista. Danielle Zampollo descreveu que, ao chegar na comunidade, estava apenas com seu celular, deixando sua câmera no carro, pois seu objetivo era verificar e checar as informações. Durante essa abordagem, uma viatura da Polícia Militar, do COI (Comando de Operações e Inteligência), também chegou ao local.
A repórter se identificou e tentou iniciar uma conversa com os policiais: “Eu sou jornalista, posso perguntar que trabalho vocês vieram fazer aqui hoje?”. No entanto, o policial não respondeu. Diante disso, Danielle decidiu começar a registrar a entrada dos policiais na comunidade utilizando seu celular.
Percebendo a situação, ela disse novamente: “Tô mostrando o trabalho de vocês, tá bom?”. Nesse momento, o policial começou a apontar o fuzil em direção à repórter, uma ação que durou 17 segundos. Esse vídeo gravado pelo próprio policial viralizou nas redes sociais, com acusações de que a repórter estaria ali para expor alguma suposta irregularidade da polícia. No entanto, Danielle Zampollo explicou que sua intenção era, na verdade, se afastar da mira do fuzil do policial.
Um fato a ser ressaltado é que o policial não estava utilizando qualquer forma de identificação em sua farda, o que é uma obrigação de acordo com os procedimentos padrão.
Esse incidente evidencia a complexidade e as tensões inerentes à cobertura de temas sensíveis, como a letalidade policial, e a importância de jornalistas desempenharem um papel fundamental na busca por informações precisas e na prestação de contas das autoridades.

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