Categoria realiza ato em frente à Prefeitura do Recife para exigir cumprimento do edital e direitos trabalhistas integrais.
Na última segunda-feira (20), o Sindicato dos Profissionais de Ensino da Rede Municipal do Recife (SIMPERE) organizou um ato no Pátio da Prefeitura do Recife. O objetivo foi reivindicar o cumprimento da carga horária de 270 horas-aula, conforme estabelecido no edital do último concurso municipal.
Desde o início das nomeações, entre janeiro e julho de 2024, a gestão municipal surpreendeu os professores ao impor um regime temporário denominado “acumulação”. Esse sistema reduziu a carga para 125 horas-aula mensais e negou estabilidade, férias remuneradas e contribuição previdenciária aos educadores. Essa situação gerou insatisfação generalizada na categoria.
Regime temporário gera insegurança profissional
Embora o edital tenha estabelecido uma carga horária integral, o regime de “acumulação” trouxe um cenário de instabilidade para os educadores. Muitos relatam que, sem férias e estabilidade, fica difícil planejar o futuro profissional e pessoal.
Além disso, a ausência de contribuição previdenciária preocupa, uma vez que afeta diretamente a aposentadoria e outros benefícios futuros. Segundo o sindicato, essa prática contraria os princípios de valorização do magistério, amplamente debatidos durante o processo seletivo.
Cobrança pelo cumprimento do certame
De acordo com o SIMPERE, o ato busca pressionar a gestão municipal para que cumpra os termos do edital. A principal demanda é a regularização da carga horária para 270 horas-aula mensais, garantindo os direitos previstos no regime estatutário.
Os professores afirmam que, apesar das limitações impostas pelo regime temporário, continuam comprometidos com a qualidade do ensino. Porém, alertam que a desvalorização pode impactar negativamente a educação no município.
Mobilização busca chamar atenção da sociedade
Os manifestantes pressionaram a administração municipal e informaram a população sobre a realidade enfrentada pelos professores. Durante o ato no Pátio da Prefeitura, eles levantaram faixas e cartazes para exigir respeito aos direitos trabalhistas e à valorização do magistério.
A mobilização atraiu ampla adesão, o que reforçou a importância do tema. Os organizadores afirmaram que realizarão novos protestos, caso as reivindicações permaneçam sem atendimento.
Implicações para o ensino na rede municipal
Especialistas apontam que a desvalorização dos professores pode gerar consequências graves para a educação pública. A falta de estabilidade e direitos desestimula o ingresso e a permanência de profissionais qualificados na rede municipal.
O SIMPERE destacou que, enquanto a situação não for regularizada, o ensino pode sofrer impactos. Por isso, a entidade insiste na importância do diálogo entre a categoria e a gestão municipal para garantir soluções rápidas e efetivas.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.