domingo, abril 20

PP e União Brasil avançam em federação e podem ter maior bancada

PP e União Brasil aprovam negociações para federação partidária. Se concretizada, união formará a maior bancada da Câmara, com 109 deputados.

Com 109 deputados, PP e União Brasil formariam a maior bancada da Câmara e ampliariam influência no Congresso.
Com 109 deputados, PP e União Brasil formariam a maior bancada da Câmara e ampliariam influência no Congresso. Foto: Divulgação

O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), confirmou que o partido aprovou dar sequência às negociações para formar uma federação com o União Brasil. O anúncio foi feito na noite de terça-feira (18), após reunião da Executiva Nacional da sigla.

A federação partidária, se consolidada, pode impactar diretamente a composição do Congresso Nacional. Juntas, as legendas somariam a maior bancada da Câmara dos Deputados, ultrapassando o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A decisão do Progressistas

Em nota publicada nas redes sociais, Ciro Nogueira explicou que a reunião teve a participação de deputados federais, senadores e dirigentes estaduais do PP. Segundo ele, houve ampla discussão sobre o tema e, ao final, a decisão de seguir com as tratativas foi unânime.

A fusão entre PP e União Brasil vinha sendo discutida nos bastidores há meses, mas encontrou resistência de algumas lideranças regionais. No entanto, a busca por maior representatividade e força política pesou na decisão final.

O impacto da federação no Congresso

Caso a federação se concretize, o novo grupo político terá:

109 deputados federais, superando os 96 do PL e tornando-se a maior bancada da Câmara;

13 senadores, o que reforça sua influência no Senado;

Maior tempo de televisão e recursos do fundo partidário, fortalecendo as campanhas municipais e nacionais.

A federação entre PP e União Brasil também pode influenciar a correlação de forças na sucessão da presidência da Câmara e em votações estratégicas do governo federal.

Repercussão política

A movimentação das siglas, portanto, gerou diferentes reações no meio político.

Por um lado, aliados do governo Lula avaliam que a federação pode fortalecer a base governista, já que ambos os partidos têm integrantes alinhados ao Planalto.

Por outro lado, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram preocupação, pois a nova configuração pode reduzir o protagonismo do PL no Congresso.

Além disso, especialistas em política apontam que a federação pode ser uma estratégia para evitar a pulverização de partidos e, consequentemente, garantir maior estabilidade política.

O que acontece agora?

Com a aprovação interna do Progressistas, os partidos avançam nas tratativas formais para oficializar a federação. O processo envolve negociações sobre regras internas, distribuição de cargos e alinhamento programático.

A decisão final dependerá do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que precisa validar a federação antes das eleições municipais de 2024.

O cenário político segue em movimentação, e a eventual união entre PP e União Brasil pode redesenhar o equilíbrio de forças no Congresso Nacional.

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