Programa busca gerar emprego, reduzir desigualdades e impulsionar a economia através de nove eixos estratégicos.
Foto: MDR |
Nesta sexta-feira, foi lançado o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com previsão de investimentos públicos e privados que totalizam R$ 1,7 trilhão. O evento aconteceu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo. O PAC tem como foco central a geração de empregos, a redução das desigualdades sociais e regionais, e o estímulo ao crescimento econômico.
Compromisso com a transformação
O presidente Lula destacou que o PAC representa um compromisso moral de resgatar obras paralisadas e evitar projetos inacabados. Ele enfatizou a importância de colocar a capacidade do estado a serviço dos sonhos da população brasileira. “Não vamos admitir mais que o sonho de uma nova escola, de um novo hospital, de um novo equipamento público e de uma nova estrada se torne o pesadelo de uma obra inacabada jogada às moscas”, declarou o presidente.
O programa também visa aprimorar o ambiente regulatório e o licenciamento ambiental, promover concessões e parcerias público-privadas (PPPs), incentivar a transição ecológica, expandir o crédito e oferecer incentivos econômicos. A expectativa é a geração de 4 milhões de postos de trabalho relacionados às obras do PAC.
Eixos estratégicos para o crescimento
O Novo PAC se estrutura em nove eixos de investimentos. O maior aporte, no valor de R$ 610 bilhões, será direcionado ao eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, que prevê a construção de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida, além de investimentos em mobilidade urbana, urbanização de favelas, saneamento básico e combate a enchentes.
Para a Transição e Segurança Energética, estão destinados R$ 540 bilhões, visando expandir a capacidade de energia elétrica e a produção de combustíveis de baixo carbono, com foco em fontes renováveis.
No eixo Transporte Eficiente e Sustentável, serão investidos R$ 349 bilhões em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias, com o objetivo de reduzir custos de produção e aumentar a competitividade do Brasil no cenário global.
Outros eixos do programa abrangem áreas como Inclusão Digital e Conectividade (R$ 28 bilhões), Saúde (R$ 31 bilhões), Educação (R$ 45 bilhões), Infraestrutura Social e Inclusiva (R$ 2,4 bilhões), Recursos Hídricos (R$ 30 bilhões) e Defesa (R$ 53 bilhões).
Novas oportunidades em setembro
Uma próxima etapa do PAC será iniciada em setembro, com a publicação de editais que totalizam R$ 136 bilhões para a seleção de projetos prioritários de estados e municípios. Esses projetos abrangerão áreas como urbanização de favelas, abastecimento de água, esgotamento sanitário, saúde, educação, cultura e esportes.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou que o diálogo com os municípios será intensificado nessa fase, visando uma colaboração efetiva na execução das ações propostas pelo PAC.
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