O ministro ressaltou que, desde janeiro, sua equipe tem estudado formas de enfrentar essa fila e que um plano foi discutido em conjunto com o Ministério da Gestão e a Casa Civil.
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Em entrevista à GloboNews, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, abordou o tema do combate à fila de espera na Previdência Social. Ele comentou o anúncio do governo sobre uma medida provisória que visa criar um programa para lidar com a extensa fila do INSS, que atualmente ultrapassa 1,7 milhão de pessoas.
Lupi destacou que é importante esclarecer à população que existem diferentes tipos de filas na Previdência. Segundo o ministro, há quase 16 categorias distintas de filas, e a situação atual é uma herança acumulada ao longo dos anos. Ele explicou que, até 2006, não havia fila no INSS devido ao agendamento presencial de atendimentos. A partir de 2006, o agendamento por telefone foi implementado, ainda sem causar filas expressivas. No entanto, desde 2014, com o programa Meu INSS, os pedidos passaram a ser registrados, o que resultou no acúmulo de mais de 1,780 milhão de pessoas aguardando uma resposta da Previdência.
O ministro ressaltou que, desde janeiro, sua equipe tem estudado formas de enfrentar essa fila e que um plano foi discutido em conjunto com o Ministério da Gestão e a Casa Civil. A meta é enquadrar todos aqueles que estão na espera dentro do prazo máximo de 45 dias, conforme permite a lei, até dezembro deste ano.
Lupi informou que o INSS recebe cerca de 780 mil pedidos mensalmente e, mesmo com o trabalho contínuo, acredita que a fila não deixará de existir. No entanto, ele está confiante de que o pagamento de serviços extras para os servidores pode ajudar a atingir a meta. Para isso, está prevista a convocação de mais de 3 mil servidores concursados.
O ministro explicou que o trabalho será feito por tarefa, podendo ser realizado presencialmente ou em regime remoto, já que se trata de processos existentes. Atualmente, cerca de 4 mil funcionários manifestaram interesse em participar desse mutirão de combate à fila, incluindo aproximadamente 1.500 médicos peritos. Para incentivar a participação, o INSS oferecerá um pagamento adicional de R$ 68 por processo para a parte administrativa, e na área de perícia, que exige nível superior, o valor será de R$ 75 a mais.
O plano estruturado pelo Ministério da Previdência visa agilizar o atendimento aos segurados e reduzir significativamente o tempo de espera para a análise dos pedidos. A iniciativa também busca garantir maior eficiência na gestão dos processos previdenciários, trazendo alívio para milhares de brasileiros que aguardam uma resposta da Previdência Social.
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