Inflação recua para maioria das famílias, mas renda alta enfrenta aumento devido a passagens aéreas e custos elevados.
A inflação recuou em novembro para cinco das seis faixas de renda analisadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esse movimento foi observado quando comparado ao mês anterior. No entanto, um aumento foi registrado entre as famílias de alta renda, cujos índices passaram de 0,27% em outubro para 0,64% em novembro. Esse aumento se deve principalmente à alta de 22,7% nas passagens aéreas.
Destaques do Resultado de Novembro:
- Renda muito baixa: A maior queda foi observada entre as famílias de renda muito baixa, com a inflação recuando de 0,75% para 0,26%, devido à redução das tarifas de energia.
- Renda baixa: As famílias de renda baixa também apresentaram uma queda significativa, passando de 0,71% para 0,32% no mês de novembro.
- Renda média-baixa: A inflação entre as famílias de renda média-baixa recuou de 0,61% para 0,35%.
- Renda média e média-alta: Famílias de renda média viram a inflação cair de 0,54% para 0,39%, enquanto a renda média-alta teve uma redução de 0,49% para 0,35%.
Já as outras faixas de renda apresentaram variações mais suaves. As famílias de renda baixa viram a inflação cair de 0,71% para 0,32%, enquanto as de renda média-baixa registraram uma redução de 0,61% para 0,35%. As famílias de renda média observaram uma diminuição de 0,54% para 0,39%, enquanto as de renda média-alta viram a taxa recuar de 0,49% para 0,35%.
Acumulado de 2024 e 12 meses:
- Renda baixa: As famílias de renda baixa tiveram a maior taxa de inflação no acumulado do ano (4,50%) e no acumulado de 12 meses (5,08%).
- Renda alta: As famílias de renda alta apresentaram as menores taxas, com 3,86% no ano e 4,50% em 12 meses.
Esses dados mostram uma tendência de queda na inflação para a maior parte da população, exceto para as famílias de alta renda. A variação nas taxas, no entanto, é influenciada por diferentes fatores, como o aumento nos preços das passagens aéreas e a redução nos custos de energia elétrica.
Fatores que Impactam as Diferenças entre as Faixas de Renda:
- Alta de passagens aéreas: O aumento de 22,7% nas passagens aéreas foi o principal responsável pela alta na inflação para as famílias de alta renda.
- Redução da tarifa de energia: A queda nos preços da energia elétrica contribuiu para a redução da inflação, especialmente entre as famílias de renda mais baixa.
- Preços dos alimentos: As altas nos preços dos alimentos impactaram negativamente as famílias em todas as faixas de renda, mas principalmente as de renda mais baixa.
Essas flutuações são um reflexo das políticas econômicas e das condições de mercado. A diminuição das tarifas de energia ajudou a reduzir os custos para famílias de renda mais baixa. Por outro lado, os aumentos nos preços dos alimentos e a alta de passagens aéreas afetaram mais diretamente as famílias de maior poder aquisitivo.
Desafios Persistentes para Diferentes Grupos:
- Famílias de renda baixa: Embora tenham observado uma queda na inflação, ainda enfrentam dificuldades devido à alta nos preços dos alimentos.
- Famílias de renda alta: A alta inflação nas passagens aéreas e outros custos de transporte continua a impactar o poder de compra das famílias mais ricas.
Portanto, o cenário da inflação em novembro revela um quadro misto. Embora a maioria das faixas de renda tenha registrado uma redução, as variações nos preços de serviços específicos, como passagens aéreas e alimentos, continuam a gerar desafios para certos grupos da população.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.