quarta-feira, março 12

Humberto Costa critica divisões no PT pela Presidência

Humberto Costa criticou divergências internas no PT sobre a sucessão de Gleisi Hoffmann. O ex-prefeito Edinho Silva é o favorito para o cargo.

O presidente interino do PT, Humberto Costa, alerta sobre o exagero nas divergências internas e defende uma eleição mais focada em propostas.
O presidente interino do PT, Humberto Costa, alerta sobre o exagero nas divergências internas e defende uma eleição mais focada em propostas. Foto: Roberto Stuckert Filho

O Partido dos Trabalhadores (PT) vive um momento de tensão interna, após surgirem divergências sobre o nome para suceder Gleisi Hoffmann na presidência da sigla. A disputa se acirrou nos últimos dias, com críticas direcionadas principalmente ao favoritismo do ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, que conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PE), se manifestou sobre a situação nesta terça-feira (11/3). Ele criticou a exposição pública do conflito, destacando que a disputa interna está sendo feita de maneira equivocada e sem uma base política clara.

Disputa sem Base Política Clara

Humberto Costa afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que a disputa pela presidência do PT dentro da corrente majoritária do partido, a Construindo Um Novo Brasil (CNB), não se baseia em questões programáticas. Segundo o senador, a disputa é mais uma questão de “espaço concreto” do que um debate sobre ideias ou políticas para o futuro do partido.

“A disputa não tem uma base política, programática, dentro da CNB, é uma disputa de espaço concretamente, e que está sendo feita de uma maneira equivocada”, alegou Humberto. Ele enfatizou que, para resolver o impasse, o partido deve apostar em mais debate e negociação, sugerindo que a “fervura” dentro do PT está exagerada.

A Favoritismo de Edinho Silva e a Disputa Dentro da CNB

O ex-prefeito Edinho Silva é o nome mais cotado para assumir a presidência do PT, apoiado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, nem todos dentro da CNB concordam com essa escolha. Surgiram movimentações internas que defendem a possibilidade de um nome alternativo ao de Edinho, o que tem gerado ainda mais tensões no partido.

A eleição para a presidência do PT ocorrerá no próximo Processo de Eleição Direta (PED), marcado para julho deste ano. A deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, antecipou sua saída do cargo para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) no Palácio do Planalto. Em seu lugar, o PT escolheu Humberto Costa para assumir interinamente a presidência.

A Caminho da Eleição Direta

Com a eleição interna agendada para julho, o clima de incerteza sobre quem sucederá Gleisi Hoffmann deve continuar a movimentar os bastidores do PT. A expectativa é que o processo de escolha do novo presidente do partido seja pautado por discussões mais focadas em propostas políticas e em uma união interna, como sugerido por Humberto Costa. O debate sobre o futuro do PT, portanto, está longe de se encerrar, e as divergências ainda podem dar margem para novas discussões.

O conflito sobre a sucessão de Gleisi Hoffmann à presidência do PT reflete, mais uma vez, as dificuldades internas de uma sigla que, apesar de estar no poder federal, ainda enfrenta disputas de liderança. A resolução desse impasse, no entanto, pode ser essencial para garantir a estabilidade interna do partido nos próximos anos. A escolha do sucessor de Hoffmann será, sem dúvida, um dos temas centrais do próximo Processo de Eleição Direta, e o PT terá de encontrar um caminho para superar as divergências e fortalecer sua unidade.

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