sábado, setembro 7

Governo Federal anuncia iniciativa para levar internet de qualidade às escolas públicas até 2026

Programa Escolas Conectadas vai beneficiar mais de 138 mil instituições de educação básica em parceria entre os ministérios da Educação e das Comunicações.

Alunos tento aula com computadores
Foto: Luís Osvaldo Grossmann
Nesta terça-feira, o Governo Federal revelou um ambicioso plano para universalizar o acesso à internet de qualidade em todas as instituições públicas de educação básica até o ano de 2026. Sob a iniciativa batizada de “Escolas Conectadas”, uma parceria entre os ministérios da Educação (MEC) e das Comunicações (MCom) promete viabilizar o acesso à internet rápida em mais de 138 mil escolas em todo o país, com um investimento estimado em R$ 8,8 bilhões.
No cenário local, o estado de Pernambuco enfrenta o desafio de garantir acesso à internet de qualidade em 2.122 instituições de ensino, o que representa 36% das 5.937 escolas públicas de educação básica presentes no estado. Atualmente, Pernambuco já conta com 3.815 escolas conectadas à banda larga fixa de fibra óptica. Além disso, o plano inclui a tarefa de oferecer conexão Wi-Fi em 3.110 instituições de ensino públicas pernambucanas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância dessa iniciativa ao afirmar: “A educação das nossas crianças e jovens não pode esperar. Temos que ter um trabalho imenso para recuperar a capacidade dessas crianças voltarem a aprender. Com internet de qualidade em todas as escolas, o filho do pobre terá a mesma qualidade de ensino que o filho do rico.”
O objetivo do programa vai além de simplesmente fornecer internet às escolas; ele busca garantir que essa conexão seja de alta qualidade e constantemente monitorada. A meta é proporcionar conexão por fibra óptica ou via satélite com uma velocidade mínima de 1 Mbps por aluno. Em Pernambuco, onde há cerca de 1,6 milhão de matrículas na educação básica, o governo federal reporta que 358 escolas já contam com velocidade de internet monitorada e adequada, enquanto 1.755 têm velocidade monitorada, porém insuficiente, e 3.824 não possuem qualquer tipo de monitoramento.
Para as escolas que atualmente não possuem acesso à energia elétrica ou dependem de geradores fósseis (um total de 6 unidades escolares em Pernambuco), está previsto o provimento de conexão com a rede pública de energia ou o uso de geradores fotovoltaicos.
A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas se divide em quatro eixos principais: implantação de infraestrutura de rede de alta velocidade, garantia de acesso à internet com velocidade adequada, instalação de redes Wi-Fi nas escolas e fornecimento de energia elétrica.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, destacou o impacto positivo dessa iniciativa na educação: “Vamos contribuir com a aprendizagem digital e com o aperfeiçoamento da gestão das escolas. Os professores poderão usar recursos pedagógicos para melhor ensinar o conteúdo, e os alunos serão incluídos no mundo digital em que vivemos hoje. O Governo Federal vai investir pesado para que todas as escolas públicas desse país tenham uma internet de altíssima qualidade.”
A região Nordeste será a maior beneficiada, com um total de 49.953 escolas públicas obtendo acesso à internet de qualidade. Em seguida, estão as regiões Sudeste, Norte, Sul e Centro-Oeste, com 40.365, 20.366, 19.826 e 7.845 instituições de educação beneficiadas, respectivamente.
Os investimentos necessários para as ações relacionadas ao programa Escolas Conectadas totalizarão R$ 8,8 bilhões. Desses, R$ 6,5 bilhões serão provenientes do eixo “Inclusão Digital e Conectividade” do Novo PAC, destinados à implantação de conexão à internet e redes internas nas escolas. Os recursos virão de quatro fontes distintas: o Leilão do 5G, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), o Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC) e a Lei 14.172 de 2021.
Adicionalmente, serão alocados R$ 2,3 bilhões de três fontes diferentes: R$ 1,7 bilhão da Lei 14.172/2021, R$ 350 milhões do PIEC e R$ 250 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Com essa iniciativa, o Governo Federal busca transformar a educação pública brasileira, oferecendo oportunidades igualitárias a todos os estudantes, independentemente de sua origem ou localidade.

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