Sindicato exige regularização de pagamentos e destaca precariedade nas condições de trabalho dos médicos na gestão de Keko.
No último dia de mandato do prefeito Keko do Armazém, médicos do Cabo de Santo Agostinho denunciaram, mais uma vez, a falta de pagamento de gratificações de plantão e adicionais noturnos. Embora a gestão tenha prometido uma folha extra nesta segunda-feira (30), não depositou os valores, o que deixou os profissionais insatisfeitos.
Na sexta-feira (27), a Prefeitura executou a folha de pagamento dos servidores municipais. No entanto, os médicos ficaram sem receber os benefícios previstos. Por essa razão, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) manifestou repúdio à situação, destacando as condições precárias enfrentadas pelos profissionais.
Apesar dos desafios enfrentados, o Simepe enfatizou que os médicos continuaram assegurando o atendimento à população. Assim, a entidade exige a regularização imediata dos pagamentos, reforçando a importância de valorizar a categoria para garantir a qualidade do serviço prestado.
“O não pagamento das verbas garantidas por direito configura uma afronta à dignidade do trabalho médico e ao compromisso ético da categoria”, afirmou o sindicato em nota oficial.
Promessas descumpridas e consequências
Embora a gestão tenha garantido o depósito das gratificações em uma folha extra, a ausência dos valores comprometeu a confiança dos profissionais. A categoria esperava que os recursos fossem liberados para honrar compromissos assumidos, especialmente no final do ano.
O atraso nos pagamentos agrava o cenário de insatisfação. Médicos relataram dificuldades para manter os serviços em meio à desvalorização de seu trabalho. Além disso, os plantões noturnos, essenciais para o atendimento de emergências, enfrentam maior desinteresse devido à falta de pagamento.
Essa situação reflete um histórico de problemas enfrentados pela saúde pública do município. Segundo representantes do Simepe, a categoria vem denunciando a precariedade das condições de trabalho e a irregularidade nos pagamentos ao longo do ano.
Sindicato cobra providências imediatas
O Simepe reforçou a necessidade de a nova gestão priorizar o diálogo com os profissionais e solucionar pendências herdadas. A entidade acredita que a valorização dos médicos é indispensável para garantir um atendimento de qualidade à população.
Além disso, o sindicato afirmou que medidas legais serão consideradas caso a situação persista. Para o Simepe, a regularização dos direitos trabalhistas deve ser tratada como prioridade pela administração municipal.
A nota publicada pelo sindicato teve ampla repercussão nas redes sociais. Diversos profissionais e cidadãos expressaram apoio à categoria, cobrando soluções efetivas da gestão.
Desafios da transição administrativa
A transição de governo no Cabo de Santo Agostinho ocorre em um momento de tensão na área da saúde. Enquanto a atual administração encerra seu ciclo com pendências, a gestão seguinte terá a responsabilidade de reconstruir a confiança com os servidores municipais.
Especialistas apontam que problemas financeiros e administrativos são frequentes em períodos de troca de governo. No entanto, atrasos em pagamentos podem afetar diretamente os serviços essenciais, como os da área de saúde.
A nova gestão precisará lidar com a insatisfação da categoria e evitar que crises similares ocorram no futuro. Soluções estruturais, como a regularização de pagamentos e o fortalecimento das condições de trabalho, serão fundamentais para garantir a continuidade dos serviços.
A denúncia dos médicos do Cabo de Santo Agostinho expõe as dificuldades enfrentadas pela saúde pública local. O atraso no pagamento de gratificações e adicionais noturnos reflete desafios maiores, que envolvem a valorização profissional e a gestão de recursos.
Com o início de um novo ciclo administrativo, espera-se que a próxima gestão adote medidas eficazes para regularizar os direitos trabalhistas e promover um ambiente de trabalho digno. Enquanto isso, os médicos seguem cumprindo seu compromisso ético de atender à população, mesmo em condições adversas.
CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.