quarta-feira, fevereiro 5

Em meio a crise Keko do Armazém encerra seu mandato no Cabo

Sindicato exige regularização de pagamentos e destaca precariedade nas condições de trabalho dos médicos na gestão de Keko.

Keko do Armazém encerra seu mandato no Cabo.
Keko do Armazém encerra seu mandato no Cabo. Foto: Reprodução

No último dia de mandato do prefeito Keko do Armazém, médicos do Cabo de Santo Agostinho denunciaram, mais uma vez, a falta de pagamento de gratificações de plantão e adicionais noturnos. Embora a gestão tenha prometido uma folha extra nesta segunda-feira (30), não depositou os valores, o que deixou os profissionais insatisfeitos.

Na sexta-feira (27), a Prefeitura executou a folha de pagamento dos servidores municipais. No entanto, os médicos ficaram sem receber os benefícios previstos. Por essa razão, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) manifestou repúdio à situação, destacando as condições precárias enfrentadas pelos profissionais.

Apesar dos desafios enfrentados, o Simepe enfatizou que os médicos continuaram assegurando o atendimento à população. Assim, a entidade exige a regularização imediata dos pagamentos, reforçando a importância de valorizar a categoria para garantir a qualidade do serviço prestado.

“O não pagamento das verbas garantidas por direito configura uma afronta à dignidade do trabalho médico e ao compromisso ético da categoria”, afirmou o sindicato em nota oficial.

Promessas descumpridas e consequências

Embora a gestão tenha garantido o depósito das gratificações em uma folha extra, a ausência dos valores comprometeu a confiança dos profissionais. A categoria esperava que os recursos fossem liberados para honrar compromissos assumidos, especialmente no final do ano.

O atraso nos pagamentos agrava o cenário de insatisfação. Médicos relataram dificuldades para manter os serviços em meio à desvalorização de seu trabalho. Além disso, os plantões noturnos, essenciais para o atendimento de emergências, enfrentam maior desinteresse devido à falta de pagamento.

Essa situação reflete um histórico de problemas enfrentados pela saúde pública do município. Segundo representantes do Simepe, a categoria vem denunciando a precariedade das condições de trabalho e a irregularidade nos pagamentos ao longo do ano.

Sindicato cobra providências imediatas

O Simepe reforçou a necessidade de a nova gestão priorizar o diálogo com os profissionais e solucionar pendências herdadas. A entidade acredita que a valorização dos médicos é indispensável para garantir um atendimento de qualidade à população.

Além disso, o sindicato afirmou que medidas legais serão consideradas caso a situação persista. Para o Simepe, a regularização dos direitos trabalhistas deve ser tratada como prioridade pela administração municipal.

A nota publicada pelo sindicato teve ampla repercussão nas redes sociais. Diversos profissionais e cidadãos expressaram apoio à categoria, cobrando soluções efetivas da gestão.

Desafios da transição administrativa

A transição de governo no Cabo de Santo Agostinho ocorre em um momento de tensão na área da saúde. Enquanto a atual administração encerra seu ciclo com pendências, a gestão seguinte terá a responsabilidade de reconstruir a confiança com os servidores municipais.

Especialistas apontam que problemas financeiros e administrativos são frequentes em períodos de troca de governo. No entanto, atrasos em pagamentos podem afetar diretamente os serviços essenciais, como os da área de saúde.

A nova gestão precisará lidar com a insatisfação da categoria e evitar que crises similares ocorram no futuro. Soluções estruturais, como a regularização de pagamentos e o fortalecimento das condições de trabalho, serão fundamentais para garantir a continuidade dos serviços.

A denúncia dos médicos do Cabo de Santo Agostinho expõe as dificuldades enfrentadas pela saúde pública local. O atraso no pagamento de gratificações e adicionais noturnos reflete desafios maiores, que envolvem a valorização profissional e a gestão de recursos.

Com o início de um novo ciclo administrativo, espera-se que a próxima gestão adote medidas eficazes para regularizar os direitos trabalhistas e promover um ambiente de trabalho digno. Enquanto isso, os médicos seguem cumprindo seu compromisso ético de atender à população, mesmo em condições adversas.

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