sexta-feira, novembro 22

Aos 94 anos, estudante pernambucana bate recorde de aluna mais idosa do mundo

Dona Edelzuita, moradora de Petrolina, começou a frequentar a escola no ano passado

Idosa
Foto: Josimar Oliveira
Com seus 94 anos de idade, Maria Edelzuita de Souza, conhecida como Dona Edelzuita, tornou-se a aluna da educação básica mais idosa do mundo, superando o recorde anterior estabelecido pelo queniano Kimani Maruge Ng’ang’a, que entrou para o Guinness Book aos 84 anos.
A notável trajetória de Dona Edelzuita teve início em 2022, quando, aos 93 anos, decidiu finalmente realizar um sonho acalentado desde a infância: aprender a ler e escrever, habilidades que lhe foram negadas quando criança.
Naquela época, a norma estabelecida por seu pai, um lavrador, era que meninas não frequentassem a escola, por receio de que a alfabetização lhes conferisse a habilidade de escrever “cartas para namorados”. Não obstante, sua mãe, uma dona de casa letrada, dedicou-se a ensinar-lhe as letras, as sílabas e a formação de palavras básicas. Essa foi sua única educação formal por muitos anos.
Ao longo de sua vida, priorizou a educação de seus nove filhos, garantindo que todos concluíssem o Ensino Médio e escolhessem carreiras fundamentadas no aprendizado. Sua dedicação à instrução de seus filhos foi admirável, porém, após a perda de seu marido, com quem compartilhou seis décadas de vida, Dona Edelzuita decidiu resgatar o sonho que repousava e se matriculou na escola.
Sua incrível determinação e busca por conhecimento a conduziram a uma conquista notável. Ao superar o recorde anterior, Dona Edelzuita não apenas demonstra sua resiliência, mas também inspira gerações com sua história inspiradora de superação e dedicação à educação, reafirmando que nunca é tarde para aprender e realizar sonhos.

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