sexta-feira, julho 11

João Campos vai largar a Prefeitura por 2026?

PSB estuda cenários para 2026 diante do crescimento de Raquel Lyra e cautela de João Campos sobre renúncia.

PSB avalia candidatura de João Campos ao governo
PSB avalia candidatura de João Campos ao governo. Foto: Rodolfo Loepert

O cenário político de Pernambuco para 2026 está em ebulição. A principal pergunta nos bastidores hoje é: João Campos vai mesmo disputar o governo do estado?

O prefeito do Recife, reeleito em 2024, é o nome mais forte do PSB para enfrentar a governadora Raquel Lyra (PSD), que deve tentar a reeleição. Mas há sinais de que ele e seu partido avaliam com cautela a possibilidade de candidatura.

A exigência de renúncia: um obstáculo importante

Para entrar na disputa, João Campos teria que renunciar à Prefeitura do Recife até seis meses antes da eleição — ou seja, até maio de 2026. Isso significaria abrir mão de dois anos e meio de mandato, interrompendo projetos e entregas na capital.

O exemplo histórico mostra que outros prefeitos do Recife renunciaram para concorrer ao governo:

  • Miguel Arraes, em 1962.
  • Joaquim Francisco, em 1990.

Mais recentemente, na eleição de 2022, três prefeitos pernambucanos renunciaram para disputar o governo: Raquel Lyra (eleita), Miguel Coelho e Anderson Ferreira.

Crescimento de Raquel Lyra preocupa PSB

Outro fator que pesa na análise do PSB é o crescimento político de Raquel Lyra.

Eleita em 2022 como a primeira mulher governadora do estado, ela consolidou força no Agreste e no Sertão — regiões onde seu apoio tem crescido desde a posse.

Além disso, Raquel tem investido em ações na Região Metropolitana do Recife, território tradicionalmente dominado pelo PSB. Essas movimentações vêm sendo acompanhadas de perto pelos aliados de João Campos.

Avaliação estratégica do PSB

Segundo informações de bastidores, a cúpula do PSB ainda não bateu o martelo sobre lançar João Campos ao governo. A preocupação não é apenas com a decisão de renunciar, mas também com a leitura de cenário:

  • Raquel Lyra tem a vantagem de concorrer à reeleição sem precisar deixar o cargo.
  • Pesquisas qualitativas indicam fortalecimento de sua imagem como gestora.
  • O PSB quer evitar uma derrota que fragilize o partido no estado.

Em política, apostas feitas com mais de um ano de antecedência costumam ser arriscadas. Por isso, aliados afirmam que João Campos está sendo extremamente cauteloso.

Quem pode ser o plano B do PSB?

Se João Campos decidir não renunciar, surgem nomes alternativos nos bastidores do PSB para disputar o Palácio do Campo das Princesas:

  • Pedro Campos, deputado federal e irmão de João.
  • Marília Arraes, ex-deputada federal e prima de João, que tem base consolidada no estado e foi candidata ao governo em 2022.

Essas opções são vistas como estratégicas para manter o protagonismo do PSB em Pernambuco mesmo sem a candidatura do prefeito do Recife.

As apostas para 2026

Apesar do momento apontar para uma disputa polarizada entre Raquel Lyra e João Campos, a eleição de 2026 ainda está em construção. Em 2022, Pernambuco teve um recorde de competitividade, com cinco candidaturas fortes e diferenças apertadas entre os primeiros colocados.

No PSB, a prioridade agora é:

  • Avaliar com cuidado a evolução das pesquisas.
  • Medir o impacto político de uma eventual renúncia de João.
  • Decidir até maio de 2026 qual será a estratégia final.

Até lá, os bastidores seguirão cheios de especulações e articulações

A pergunta central segue sem resposta oficial: João Campos será candidato ao governo?

A renúncia ao cargo de prefeito, o crescimento político de Raquel Lyra e a necessidade de garantir uma candidatura competitiva para manter o PSB forte em Pernambuco tornam essa decisão uma das mais importantes — e difíceis — da carreira de João Campos.

A escolha dele vai moldar não apenas a eleição de 2026, mas também o futuro político do PSB no estado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *