Polícia Federal investiga supostos desvios de emendas destinadas ao Hospital Ana Nery (RS). Operação cumpre 13 mandados e bloqueia contas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (13), uma operação para investigar supostos desvios de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares. O esquema teria desviado dinheiro que destinariam ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS), e envolve políticos e funcionários públicos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou a operação, que inclui o cumprimento de 13 mandados de busca e apreensão em Brasília e em cinco cidades do Rio Grande do Sul.
O que está sendo investigado?
A investigação apura um suposto esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery. Segundo a PF, os envolvidos utilizaram um “contrato de propina”, documento que detalharia o valor total da emenda e o percentual a ser desviado.
Entre os alvos estão o chefe de gabinete do deputado Afonso Motta (PDT-RS), Lino Furtado, e um funcionário do hospital que receberia a emenda. A PF também encontrou R$ 140 mil em dinheiro vivo com os investigados.

Medidas determinadas pela Justiça
Além dos mandados de busca, a Justiça determinou:
- O afastamento de dois investigados de seus cargos públicos;
- O bloqueio de valores em contas de pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
No entanto, os nomes dos investigados não foram divulgados oficialmente. Por outro lado, a GloboNews apurou que o deputado Afonso Motta é citado nas investigações.
Contexto das emendas parlamentares
Primeiramente, é importante destacar que as emendas parlamentares são recursos do Orçamento da União destinados por deputados e senadores para projetos em seus estados ou municípios. Embora sejam legais, casos como esse evidenciam a necessidade de maior fiscalização sobre o uso desses recursos.
Nesse sentido, especialistas em direito administrativo reforçam que a transparência no repasse e execução das emendas é fundamental para evitar desvios. De acordo com o professor de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos Alberto Silva, “a sociedade precisa cobrar mecanismos de controle mais eficientes”.
Próximos passos
Agora, a PF deve encaminhar os resultados da operação ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá sobre a denúncia dos envolvidos. Enquanto isso, o caso deve reacender o debate sobre a regulamentação e fiscalização das emendas parlamentares no Congresso Nacional.
Por fim, a operação da PF no Rio Grande do Sul expõe mais um caso de suposto desvio de recursos públicos e reforça a importância de mecanismos de transparência e controle.força a importância de mecanismos de transparência e controle. Os desdobramentos devem impactar tanto a política local quanto a opinião pública nos próximos meses.
Para mais informações sobre o uso de emendas parlamentares, acesse o portal da Câmara dos Deputados.

CEO do Portal Fala News, Jornalista pela UNIFG, licenciado em Letras PT/ES pela FAESC, formado em psicanálise pela ABEPE, pós-graduado em linguística aplicada as línguas portuguesa e espanhola pela FAESC, e MBA em Marketing Digital e Mídias Sociais pela UniNassau. Analista de política e economia, colunista sobre psicanálise, amante dos livros e dedicado a levar informação com transparência e credibilidade.