domingo, dezembro 22

Pernambuco reduz homicídios pelo sétimo mês seguido

Pernambuco alcança redução histórica de 19,3% nos homicídios e consolida sete meses de quedas consecutivas.

Estado registra avanços significativos na segurança pública e melhora índices de homicídios e crimes patrimoniais.
Estado registra avanços significativos na segurança pública e melhora índices de homicídios e crimes patrimoniais. Foto: Hesíodo Góes/Secom

Pernambuco registrou em novembro o sétimo mês consecutivo de redução nos índices de Mortes Violentas Intencionais (MVIs). O Estado contabilizou 239 casos, 19,3% a menos que no mesmo período de 2023, o que representa 57 homicídios a menos. Segundo o governo, esse foi o melhor desempenho para novembro nos últimos 21 anos. Os dados foram apresentados pela governadora Raquel Lyra na última reunião de monitoramento do programa Juntos pela Segurança, realizada nesta segunda-feira (16), no Recife.

Estratégias integradas impulsionam resultados

Raquel Lyra destacou o esforço conjunto entre as forças de segurança e instituições do sistema judiciário. “Com ações integradas, conseguimos reduzir os homicídios e vamos continuar trabalhando para alcançar ainda mais resultados positivos. Essa parceria com o Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública é essencial para a construção da paz social em Pernambuco”, afirmou a governadora.

Dados acumulados confirmam tendência positiva

No acumulado do ano, Pernambuco apresentou uma redução de 4,4% nos homicídios, passando de 3.295 casos entre janeiro e novembro de 2023 para 3.150 em 2024. A sequência de quedas mensais inclui recuos de 11,6% em maio, 6,7% em junho, 12,6% em julho, 10,3% em agosto, 19,3% em setembro e 0,4% em outubro, consolidando uma trajetória de melhora nos índices de violência.

O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, atribuiu o desempenho às ações integradas das forças de segurança. “Apostamos em tecnologia, inteligência policial e ações preventivas, como as patrulhas Maria da Penha e Escolar. Esses esforços, somados à confiança da população, estão resultando na redução da violência”, explicou.

Crimes patrimoniais também apresentam queda

Além dos homicídios, o Estado também registrou uma diminuição de 7,3% nos crimes contra o patrimônio (CVPs). Em novembro, ocorreram 3.560 registros, enquanto no mesmo mês de 2023 foram contabilizados 3.842. Nesse contexto, a Zona da Mata e o Agreste se destacaram, liderando as quedas com reduções de 12,6% e 11,2%, respectivamente.

Quanto ao acumulado do ano, os CVPs apresentaram uma redução de 3,1%, passando de 42.044 casos para 40.757. Além disso, o roubo de celulares teve uma melhora significativa, registrando uma queda de 11,1%, ao reduzir de 3.968 para 3.328 ocorrências em novembro.

Esforço coletivo no combate à criminalidade

O programa Juntos pela Segurança envolve articulação entre diversos poderes e instituições. Durante a reunião, o desembargador Mauro Alencar, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ressaltou a importância da integração. “Os resultados positivos refletem o trabalho conjunto de policiais, promotores, defensores públicos e gestores estaduais”, disse.

A Defensoria Pública e o Ministério Público também destacaram a relevância dessa parceria. Henrique Seixas, defensor público-geral, afirmou que o trabalho colaborativo será mantido em 2025 para consolidar os avanços. Já o procurador-geral de Justiça, Marcos Carvalho, reforçou a necessidade de continuidade. “Identificamos problemas, corrigimos gargalos e alcançamos uma prestação de serviço mais eficiente para a sociedade”, pontuou.

Resultados de 2024 impulsionam metas para o futuro

Com a conclusão das reuniões de monitoramento de 2024, o Governo de Pernambuco reforça, portanto, a intenção de manter os índices de violência em queda. Além disso, o encontro contou com a presença de representantes das forças de segurança, secretários estaduais e lideranças das áreas de justiça, direitos humanos e assistência social, ampliando o diálogo entre diferentes setores.

Segundo Raquel Lyra, o próximo ano será marcado, por conseguinte, por um planejamento ainda mais focado em ações preventivas e repressivas. “Seguiremos, assim, avançando com estratégias robustas e o apoio de todos os setores envolvidos”, concluiu.

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